Neste ano longe de casa e dos amigos, música foi minha grande companhia. E é claro que ouvi muita Alanis, Death Cab, Radiohead, Strokes, Dido, Madonna, Kills... mas 10 álbuns que foram lançados em 2009 me marcaram, me acompanharam pelo ano inteiro, e estarão pra sempre associados a este meu ano nos EUA.
O top 10, com breves justificativas:
10) M. Ward - Hold Time
Country, rock, folk e blues foram precisamente misturados, mas o disco ainda soa como algo que foi feito sem muito esforço. Junte a isso a voz gasta do Ward e vai achar que está ouvindo um vinil empoeirado que achou no porão daquele seu tio-avô legal.
09) Girls - Album
A voz que parece juntar em uma só todas as vozes tristes da história da música, mas sem a intenção, te faz pensar que o vocalista teve uma vida bem triste e perturbada. E teve. Mesmo assim, as letras são diretas, e as melodias, agradáveis e desprenteciosas. Desafinadas até... na medida certa.
08) Ida Maria - Fortress Round My Heart
De longe, o álbum mais divertido do ano. Pop-punk descontrolado e animado. A norueguesa se joga em cada verso como se fosse o grand finale de um clássico do punk. Tudo meio embolado, mas com um sorriso no rosto.
07) Arctic Monkeys - Humbug
Turner não mais pensa simples. Com influência declarada do Black Sabbath, dos experimentos que fez com Last Shadow Puppets e do tempo que passou sendo produzido pelo cara do QOTSA, entrega um álbum mais dark, lento e experimental que os dois primeiros. É a versão "jovem adulto" do Arctic Monkeys. Quando estiverem totalmente crescidos, a coisa promete!
06) Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix
A banda, que já foi chamada de "os Strokes da França", fez algo que nem os próprios Strokes conseguiram: melhorou a cada álbum. Este 4o álbum é a obra-prima da banda (por enquanto). Pop limpo, preciso. Guitarras rápidas misturadas com um electro que, além deles, só o Daft Punk consegue fazer.
05) The xx - The xx
O disco soa tão íntimo, que me sinto uma intrusa ouvindo. The xx fez o disco mais desprentecioso do ano, sem aquela pose das novas bandinhas inglesas. As músicas parecem criar espaço, expandir, alcançar o infinito, mas as letras criam um clima íntimo, tenso, delicado, próximo. Lindo contraste.
04) Metric - Fantasies
Banda com tamanho perfeito: sairam do underground, tocam até em rádios (nas legais canadenses, claro), mas ainda se apresentam em lugares pequenos e fazem música com liberdade. "Fantasies" é o resultado disso. Músicas épicas, grandiosas, dignas de estádios, mas com alma e coração indie.
03) Imogen Heap - Ellipse
Viva o pop-tech! Indicado ao Grammy como "Best Engineered Album", traz mil inovações tecnológicas, mas as músicas ainda soam singelas e verdadeiras. A Imogen, com sua voz fim-de-balada, coloca em cada música um clima impressionista, sonhador. Fiel a visão dela, o disco se entende com os sentimentos do mundo moderno.
02) Dead Weather - Horehound
Algumas cabeças gênias se juntaram pra tocar juntos e se divertir. Apesar da banda ter sido idealizada pelo Jack White, é a Allison Mosshart, uma força da natureza nos vocais, que domina o álbum, gravado numa tacada só. É cru, raivoso, até meio perverso. Blues sujinho da melhor qualidade!
01) Passion Pit - Manners
O disco mais estusiasmado do ano. As músicas pulsam, gritam, parecem dizer que a vida é uma festa e não existem problemas. Cada uma das faixas tentam te animar de um jeito. É dance, mas... dance pra quem não gosta de dançar. E está aí a genialidade do álbum.
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