http://www.blogger.com/template-edit.g?blogID=5907465026585655675&saved=true Leitura de Viagem
quarta-feira, 22 de abril de 2009
...by the dawn's early light
Todas as fotos da viagem podem ser vistas aqui!

DC, ao contrário de NYC, me fez sentir no centro dos EUA. Pelo motivo óbvio de ser a capital do país, por ter ruas dominadas por americanos, por ser o centro do poder... NYC é universal: um pedacinho do mundo a cada passo que você dá, uma identidade multinacional. Todas as nacionalidades batem perna pelas ruas. Já DC mantém sua identidade yankee intacta. Então, vamos lá:


QUINTA, 09/04

Meu ônibus saia de NYC, Chinatown. Vamos combinar... Chinatown é o inferno na Terra! Imaginem a 25 de Março. Troquem todos os pedestres brasileiros por chineses/japoneses/coreanos. Troque todos os letreiros e fachadas das ruas para chinês. Isso é Chinatown. Me perdi por lá, o ônibus atrasou e peguei muito trânsito. Cheguei 7h depois em DC (deveria levar 4.5h).
Já de queixo caído pela cidade: ruas largas, longas, cercadas de prédios altos e iluminados... e quase desertas. Coisa linda! Janta no McDonald’s. Onde mais como por $3.30 (McChicken, batata média, refrigerante à vontade)?


SEXTA, 10/04

Ainda sozinha, fui fazer uma coisa menos turística e andar por Dupont Circle, um dos bairros cools de DC. Fiquei chocada com o espetáculo de organização, beleza e tecnologia do metrô de DC. Em Dupont Circle, casas lindas e charmosas, rota das embaixadas, galerias de arte, cafezinhos... Trombei com a igreja da Cientologia e ganhei um free tour. Uma mulher simpática me recebeu e me mostrou todo o prédio. Coisa linda! Até que começou a falar da religião, eu comecei a enchê-la de perguntas polêmicas e fui embora quando estava prestes a me tornar uma convidada desagradável. Depois, Phillips Collection, uma galeria de arte. O lugar era a casa do tal do Phillips. A exposição do acervo permanente é feita em ambientes da casa: quadros na sala do piano, sobre a lareira, pelas escadarias... um charme!

Próxima parada: National Archives (Arquivos Nacionais). 2.5h na fila para ver a Mona Lisa de DC: Rotunda Room - sala com a Constituição, a Declaração de Independência e a Bill of Rights. Temporariamente, estavam expondo algo mais jóia que tudo isso junto: A Carta Magna. A estudante de Direito aqui só faltou ir às lágrimas. Nerdismo puro!

Encontrei a Débora para passarmos o resto da viagem juntas. Aí, no belo dia de sol e 13C, vimos os monumentos do National Mall: Washington Momument, World War II Memorial, Lincoln Memorial, FDR Memorial e Jefferson Memorial. Nada mais lindo do que, dos degraus do Lincoln Memorial, ver o Washington Momument e seu reflexo na Reflecting Pool. Os afobados turistas sentavam por loooongos minutos nos degraus só para admirar a vista.

Corri para chegar a tempo no meu Bike Tour (Bike and Roll: Sites@Night), que me levaria de bicicleta por todos os monumentos iluminados à noite. Os monumentos à noite conseguem ficar ainda mais lindos, e pude conhecer o triste Vietnam Memorial (58.000 nomes em ordem de morte), Korean War Memorial e a Casa Branca. Horas andadas: 11h. Horas pedaladas: 5h.




SÁBADO, 11/04

Chuva. Fina, gelada, constante. 3C nas ruas. O que eu faço? Saio só de moletom! Nunca passei tanto frio na vida. Congelei até os ossos! Fui até o Pentágono para conferir o Pentagon Memorial: homenagem aos 184 mortos no Pentágono nos atentados de 11/09. Muito bem bolado: 184 bancos, cada um com o nome da vítima, com uma árvore e um riachinho, em ordem de nascimento.

Library of Congress (Biblioteca do Congresso): de longe, o prédio mais deslumbrante em que já estive. É a maior biblioteca do mundo (850km de livros). Só estando lá para entender. Vejam as fotos!
Depois, passadinha pelo Capitólio e pela Suprema Corte (nenhum turista lá, só a wannabe advogada aqui).

National Gallery, clássica por fora, moderníssima por dentro. Finalmente vi obras do Warhol e do Lichtenstein!

National Museum of Air and Space, super jóia, com vários aviões famosos... e, mais legal ainda: Sputnik, Apollo 11, roupa do Neil Armstrong, um pedaço de estação especial pra você entrar... A criança dentro de mim que, até os 12 anos, queria ser astrônoma, se divertiu! O Santos Dummont só ganhou uma pequena plaquinha num pequeno mural por ter voado o primeiro avião mais pesado que o ar na Europa (é, foi só isso mesmo, né?).

National Museum of American History: depois de ver a Star Spangled Banner, bandeira que inspirou o hino nacional americano (uma bela história, aliás. Pesquisem!) numa sala deslumbrante, zanzei pela história do entretenimento, das guerras e da ciência americana (nem 40% do museu).





DOMINGO, 12/04

Arlington Cemetery. Parece macabro, mas é lindo. É o cemitério militar, e também onde estão enterrados JFK, Jackie O e toda a família. No túmulo do JFK com a esposa e o filho (que morreu com dois dias de vida), fica a Eternal Flame (Chama Eterna), que tem nome auto-explicativo. No cemitério também tem a Tomb of the Unknown Soldier (Túmulo do Soldado Desconhecido), em homenagem a todos os soldados que nunca voltaram das guerras. Lá, um soldado voluntário da elite do exército faz guarda 24h por dia, 7 dias por semana. A cada 30min há uma interessante troca de guarda cheia de pompa. Bem jóia!

Passadinha pela Casa Branca para vê-la de dia, rápida andada pelo National Mall a caminho do mais novo e mais concorrido museu de DC: Holocaust Museum (Museu do Holocausto). Tem que agendar visita com antecedência para visitá-lo, e foi o que fizemos. Extremamente sad, com partes bem fortes, mas muito bonito e bem bolado. Conta toda a história do Holocausto e ainda tem a réplica exata do portão de Auschwitz (O Trabalho Liberta), camas de lá, roupas e pertences de prisioneiros, uma sala de vidro onde você ouve gravações com depoimentos de sobreviventes e imagens feitas pelos próprios nazistas que podem ser vistas atrás de muros de 1.3m de altura para que crianças não consigam assistir. Tudo isso num prédio que, ao contrário de todos os outros de DC, lembra uma fábrica antiga. Bem reflexivo.

Hora de pegar o ônibus de volta pra casa. A gente se perdeu completamente no metrô de NYC porque, naquele exemplo de desorganização, o metrô de volta não era o mesmo de ida. Depois de muita confusão e um delicioso sanduíche do Subway de 36cm de comprimento (1 foot long!), cheguei em casa 0h, quebrada, mas orgulhosa da minha viagem - organizada e paga por mim mesma! =)

 
posted by Livya at 20:54 | Permalink |


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