http://www.blogger.com/template-edit.g?blogID=5907465026585655675&saved=true Leitura de Viagem
terça-feira, 4 de agosto de 2009
All Points West (aka "mud Jacuzzi")
*fotos e vídeos do festival aqui! "Mud Jacuzzi" (banheira de lama) foi a descrição do All Points West feita pelo Chris Martin (Coldplay), ao fechar 3 dias de festival e muita chuva. Comprei os caríssimos ingressos na madrugada de sexta-feira (31 de julho) para os shows de sábado e domingo. Na sexta, o festival já estava rolando embaixo de tempestade. O sábado de 30C bem que tentou secar o gramado, mas foi difícil. E, depois, a chuva que durou toda a manhã de domingo acabou de vez que o parque. LAMA TOTAL! Fui com $20 no bolso pra comprar comida por 2 dias, mais a grana do albergue e do metrô. SÁBADO, PRIMEIRO DIA Tudo lindo. Sol, calor. Comi dois cheeseburgers do McDonald's, peguei a balsa e deixei Manhattan para trás para chegar, 10min depois, em Jersey City, onde rolou o festival. Linda vista do skyline de NY + Estátua da Liberdade. Festival bem montado, num parque GIGANTE. 3 palcos. Muitas barraquinhas de comidas e bebidas, o que acabou com as filas! Passei o dia a base de uma água ($3). Jim Jefferies: Sem nenhum show bom rolando, fui ver o stand-up do comediante australiano meio sem querer... e CHOREI de rir! Excelente. Piadas sujíssimas e humor negro, combinação perfeita. ...Trail of Dead: ruinzinho de tudo, mas bem que o vocalista desceu do palco pra cantar lá no fundo, do meu lado. Judah Friedlander: fui ver esse stand-up só porque o cara é do "30 Rock", e achei uma bela de uma porcaria. Humor infantil. Arctic Monkeys: Lembrei que adoro os caras! Basicamente o mesmo show que vi em 2007 em SP, ou seja, MUITO BOM. O show vai numa porrada só, sem pausas ou intervalos. E vi mais de perto dessa vez! Gogol Bordello: Público pequeno, mas fiel, que foi a loucura com a apresentação. Não gosto deles, mas o show foi ótimo. Até quem não era fã dançava sem parar. Contagiante. Tokyo Police Club: Talvez o show mais aguardado por mim. Gostar de banda de 1 cd só é fácil: eles tocam todas as músicas que você gosta no show! E foi assim. Show redondinho com um vocalista que não conseguia tirar o sorriso de bobo-alegre do rosto, feliz da vida por estar tocando. =) The Ting Tings: apesar de ser a banda de encerramento, tocaram no menor palco, destinado às bandas mais indies. De repente, o álbum que eu ouvi 3 vezes por dia durante uns 3 meses estava sendo tocado ao vivo, na íntrega, na minha frente. Eles soam bem diferentes ao vivo, mais crus e metálicos. Não o que eu esperava, mas ainda muito jóia. Assim como o álbum, eles ao vivo também são meio forçados, mas divertidos. Pego minha balsa de volta pra Manhattan em direção ao meu albergue e, aí, começa a aventura! Primeira zica: meu cartão de débito não passa no metrô e tenho que comprar bilhete com dinheiro (lá se vão $2.25 do dinheiro da comida). Vou até o Harlem e, quando chego no albergue, MEU CARTÃO NÃO PASSA! Sem dinheiro vivo pra pagar pela reserva, estou no Harlem, às 2h da manhã, suja de lama, sem comida, sem dinheiro e sem albergue. Ligo para meu banco, não consigo falar com ninguém. Nessas, já perdi o último trem de volta pra Connecticut. O cara do albergue ficou com dó da mendiga aqui e me deixou dormir no sofá só pra eu não passar a noite na rua. Foi isso que fiz: dormi SENTADA do sofá do albergue das 2h às 6h. Quando o sol nasceu, troquei de roupa e estava pronta pra ir dormir embaixo de uma árvore no Battery Park (mendiga mode advanced) quando meu cartão, DO NADA, volta a funcionar!! O cara me deixou pegar uma cama pagando quanto eu quisesse pra passar o resto da "noite". Por $15, dormi mais 4h e tomei um banho. UFA, alívio! DOMINGO, SEGUNDO DIA Chuva. MUITA chuva em Manhattan. Tomo meu café da manhã no McDonald's e me escondo num Starbucks esperando a chuva passar. Enquanto isso, leio "Time Traveler's Wife" e carrego a bateria da minha câmera. 1h da tarde e a chuva ainda não passou. Compro uma capa e pego minha balsa. Quando chego lá, portões fechados. Ninguém entra. Estão tentando dar um jeito no pântano que virou o Liberty Park, mas, enquanto isso, quem tá lá dentro curte o festival sem nós. Revoltante. Perdi o stand-up da Janeane Garofalo (a Janis de "24 Horas"), mas beleza. Finalmente entro e vejo: Akron/Family: estava muito curiosa pra ver a banda que anda tão hypada. Não gostei do que vi, barulho puro. Silversun Pickups: Entendi porque só tenho 2 músicas deles no iPod: porque são ruins DEMAIS, senhor! Banda de gente prego, prontofalei. We Are Scientists: primeiro show bom do dia! Cheguei até a grade para vê-los. Bem competentes ao vivo, com um público bem pequeno e totalmente apaixonado. La Roux: peguei só metade, enquanto esperava a Lykke Li. Quando cheguei o público estava indo a loucura, com um show totalmente vibrante e animado. Boa! Lykke Li: maior surpresa do festival. Gosto dela, mas não adoro loucamente. Mesmo assim, cheguei à grade para vê-la de pertinho. E QUE SHOW! Descalça, a baixinha sueca comandou o palco com um show forte, decidido, direto, envolvente. Saiu ovacionada. Coldplay: fizeram um show maravilhoso/emocionante [/emo] de 1h45. As músicas novas funcionam incrivelmente bem ao vivo, e a apresentação foi cheia de surpresas. Por duas vezes, apareceram num palco lateral para apresentações acústicas e cover de "Fight For Your Right". E, um pouco antes do final do show, caminharam entre o público até um palco montado láááá no fundo da galera para mais show acústico, com direito a impecável cover de "Billie Jean". Sempre elogiando a proeza de aguentarmos um dia inteiro com tanta lama, encerraram dizendo: "This has to be the strangest-smelling but best concert we've ever played." Fim do All Points West 2009. Meu All Star está destruído. Chego em casa às 3h da manhã, durmo às 4h e acordo às 6h pra trabalhar. Thank God for double espressos!
 
posted by Livya at 12:34 | Permalink | 0 comments