Todas as fotos do festival aqui.
Vídeos do show do No Doubt aqui.*
Meu plano era ir, de qualquer jeito. A volta do No Doubt, e em terras gringas, era imperdível. Where there's a will, there's a way. À princípio, iria sozinha. Depois, a Débora topou ir comigo. Demos o nosso jeito e íamos. Aí, no meio de uma dessas coincidências da vida, conheci duas brasileiras na minha viagem solitária a New Haven que também estavam indo ao Bamboozle com uma amiga. PRONTO: 5 brasileiras atravessariam 3 estados para ver o No Doubt no Bamboozle Festival, em New Jersey! Tudo isso carregando orgulhosamente uma bandeira do Brasil.
Só não sabíamos que seria em um dia horrível. A previsão disse chuva, MUITA chuva. Mas até que demos sorte. Choveu muito, mas a água foi destribuída durante todo o dia em uma fina e constante garoa. Chatíssima, geladíssima, mas melhor que uma tempestade. Aí já notamos uma diferença com os festivais brasileiros: apesar da chuva, nenhum tiozinho vendando capas-de-chuva a preços exorbitantes na porta.
Segunda diferença: estacionamento. O próprio complexo oferecia estacionamento suficiente para todos, coberto e seguro. 20 dólares. Caro, mas nada comparado aos 300 reais do show da Madonna.
Chegando lá, sinal de desorganização: o stand com informações não tinha mais o panfletinho com os set times das bandas. Grande problema, já que tinha pelo menos umas 60 bandas espalhadas pelos 6 palcos do lugar. Pegamos o panfleto de uma pessoa X, tiramos foto e usamos a foto como guia.
O lugar era até que jóia, simulando um parque de diversões de verão, com roda-gigante, bate-bate e vários daqueles jogos que te dão prendas. Mas o dia feio, cinza e gelado tirou todo o charme dessas atrações.
Primeiro show do dia: Sum 41. Estávamos pertinho do palco, tranquilas, até o show começar. A maior muvuca de show em que já me meti! CINCO moshs em cima de mim. Legal, até a hora que você leva umas pezadas na cabeça! Assistimos ao resto lá do fundo. Ótimo show para os fãs (eu só conhecia as músicas antigas).
Segundo show da noite: Now, Now Every Children. A banda destoava totalmente do restante do festival. E bem iniciantes. O show teve umas falhas técnicas, mas foi excelente. Tinha só umas 50 pessoas neste palco assistindo-os. Todos viam Demi Lovato e se preparavam para The Used no palco principal. Tive até a chance de conversar com uma das integrantes (a de toquinha verde).
Pausa para nossa baladinha: A tenda WONKA era o refúgio eletrônico no meio de tanto hardcore. Pessoas animadíssimas dançavam como se todos se conhecessem, no melhor estilo "rodinha de festa de casamento". Negões exibiam seus passos e branquelos desfilavam com cuecas florescentes.
Terceiro show da noite: Locksley. Fui ver sozinha, enquanto as meninas foram conferir um concurso de Air Guitar. A Débora chegou para curtir o final. Também bem diferentes de todo o lineup do festival, fizeram um show MUITO competente. Animados, sem erros, músicas coladas uma na outra... Conferi o show com mais umas 80 pessoas enquanto todos viam The Used e se preparavam pro No Doubt.
Quarto show da noite: NO DOUBT! Era o único show acontecendo naquele momento. Todos lá para vê-los. O segundo show da turnê de retorno. De acordo com a Gwen, "o primeiro foi só treino pra gente se sair bem nesse segundo". Deu certo. A Gwen é a mesma de sempre. Os caras são os mesmos de sempre. Tocaram todos os maiores hits da carreira com toda a empolgação do mundo! Pena que o público não foi tão animado assim. Pude finalmente notar a famosa diferença do público americano para o público brasileiro: gritamos loucamente, aplaudimos loucamente entre as músicas, puxamos coro, cantamos junto o show inteiro... Bem diferente do que vimos no Bamboozle. Enfim...
Fim de show. Volta tranquila para casa. Pouco trânsito na saída do grande complexo, muita fila no posto de gasolina ($1.93 o galão! em CT é $2.25!) e cheguei em casa a tempo de dormir 2h30 para começar uma segundona de trabalho.
festival de risadas
*o vídeo de Just A Girl é imperdível!